sexta-feira, março 26, 2010

Mulheres iguais em qualquer idade

As mulheres são iguais em qualquer idade. Com 7 ou com 37 anos. Sempre a espera de uma mudança física ou emocional, gerando ansiedade por o que está por vir.

Carol tem 7 anos e meu perguntou sobre menstruação. Quando vai menstruar. Eu acho cedo pra ela se preocupar com isto e falei que ainda não é hora de pensar sobre o assunto. Mas ela insistiu e conversamos. Não adianta querer passar por cima das curiosidades das crianças.

Em poucos dias faço 38. Pela primeira vez a viagem da idade me pegou. Quase 40 (e daí?)! E exclamei pra mim mesma: Em poucos anos entro na menopausa! O que é isso, minha amiga? Também é cedo pra me preocupar com isso! Ou não? Não sei. Eu insisto em pensar no assunto, mesmo sabendo que é inevitável envelhecer. Inevitável a carne deixar de ser tenra, a bunda cair e o cabelo branquear. É impossível evitar, também, que o tempo vivido seja como uma grande sala cheia de velas e telas. Velas que iluminam o lugar e telas nas quais observamos o que acontece. Observar e crescer na idade. Tanto faz se é menina ou mulher.

Ok. Os anos estão aí e mais do que nunca vejo que a coisa mais importante a aprender é ter consciência. De que a filha logo adolescerá, de que fazer exercício agora é uma questão de saúde pra chegar à velhice e o corpo funcionar melhor, de que meditar é a única forma de não pirar com a vaidade.

Na minha família as mulheres são mesmo muito iguais, mesmo sendo diferentes. Algumas se preocupam com trabalho, outras em brincar; outras com dinheiro, com seus filhos, com a adolescência e quem vai cuidar de quem. Mas no principal, somos muito iguais. Conseguimos sentar na sala cheia de velas, olhar para as telas e perceber que tudo o que passa por ali é transitório e belo. E que menstruar e entrar na menopausa mais cedo ou mais tarde acontecerá; com ou sem ansiedade.

2 comentários:

  1. Amei esse...também venho pensando uma scisinhas assim...rsrsrs Mas não dá para escapar, não é?!

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Quem sou eu

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Imbituba, SC, Brazil
Gosto da escrita e quebrei o cadeado da porta por onde passam minhas emoções e vontades. Procuro o novo nas coisas que se repetem no dia-a-dia e escrevendo percebo e vivo intensamente as descobertas. E tudo que escrevo me alivia, me faz rir, me arrepia.

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